Sustentabilidade Ambiental, Caminho Para o Desenvolvimento

Neste artigo discutiremos sobre o desenvolvimento sustentável. Quando falamos em sustentabilidade falamos em buscar alternativa a este modelo. Como bem disse o professor doutor, Maurício Novaes Souza: “Pode-se afirmar que a idéia de objetivar o desenvolvimento sustentável revela, inicialmente, a crescente insatisfação com a situação criada e imposta pelos modelos vigentes de desenvolvimento, e de produção das atividades humanas. Resulta de emergentes pressões sociais pelo estabelecimento de uma maior equidade social. Na elaboração da Agenda 21 Brasileira, foi considerada fundamental que se promova à substituição progressiva dos sistemas simplificados convencionais, por sistemas diversificados que integrem os sistemas produtivos aos ecossistemas naturais. ” (Sousa 2007).

Eu e outras pessoas que participam da visão de ecologia total têm uma concepção de ecologia geral, interligado e interconectado entre si. Reconhece a interdependência fundamentalmente e todos os seres vivos, não de uma forma individualizada, como uma rede complexa e associada uma as outras, ou seja, um fenômeno articulado, fortemente interdependente, o qual os humanos não só participam, mas fazem parte do sistema, como elo da corrente. Os humanos atuais têm tido impactos a meio ambiente que alguns técnicos e cientista compara as maiores catástrofes geográficas do passado que ocorreu a milhões de anos na terra. A humanidade não reconheceu ainda que agredir o meio ambiente, com seu modelo econômico destrutivo, coloca em risco sua própria espécie. Esse e outros motivos que devemos reconhecer que, embora tenhamos grande importância no planeta, não somos os únicos, é a vida que está em jogo, e devem ser a vida de todos os humanos, não apenas de países, de uma região, ou de alguns que adquiriram poder econômico e político.

Modelo

Pelo que sentimos no mundo atual, é um desafio para os humanos um novo modelo político e econômico, com equilibrado e ambientalmente sustentável.  Não apenas por romantismo, ou discurso por discursos, mas, dado a urgência da crise ecológica global.

Percebe-se, que na atualidade, o modelo de crescimento econômico gerou, e está gerando, enorme desequilibro. Se por um lado há riqueza em demasia no mundo, por outro lado, a miséria e a degradação ambiental aumenta a cada hora. Daí é que nasce a constatação do desenvolvimento sustentável, buscando um modelo de desenvolvimento econômico que leva à preservação do meio ambiente, junto com o fim da pobreza em todo o mundo.

img_comdema_barreiras_eleicoes2013_2014Não temos outro caminho, a ciência nos aponta esse único caminho, os cientistas não nos deixam outras alternativas. Teremos que nos educar para viver de acordo com que o planeta é capaz de nos manter. É como disse o evangelho de Mateus, ”Entrais pela porta estreita, pois larga e amplo o caminho que levam à perdição”

Não devemos colocar a competição como se fosse da nossa natureza ou a única razão de viver, é hora de corrigir um pensamento da era industrial, de que apenas os fortes salvam, não é natural. Não é natural que a vida na terra seja resultado apenas de competição.

Como bem disse o fisco Fritjof Capra, “as trocas de energia e de recursos materiais num ecossistema são sustentadas por cooperação generalizada, a vida não tomou conta do planeta pela a violência, mais pela cooperação, pela a formação de parceria pela organização em rede”. (Capra 2002 p 80). Torna-se necessário o total equilibro entre o crescimento econômico, equidade social e sustentabilidade ambiental, até para ter uma alternativa a este modelo insustentável, já que a forma de   crescimento econômico atual obedece um jogo matemático: se um país ou uma empresa cresce mais, terá mais desenvolvimento tecnológico, um menor número de pessoa para produzir mais. Terá mais produção, com mais consumo e o resultado é o aumento do lucro das grandes empresas monopolistas, que terá mais recursos para o investimento para crescer mais.

Com mais modernização tecnológica, o resultado desta somatória é um menor número de trabalhadores para produzir cada vez mais. Com isso, mesmo as custas de um exercito de mão de obra fora do mercado de trabalho, as organizações empresariais crescem e concentram poder econômico e político.

Esta cruel lógica tem com resultado uma multidão de pessoas que vivem em situação de miséria e países tendo seus recursos ecológico dizimado.

A percepção crescente, importantíssima, é que todo o desenvolvimento econômico sempre deve ter como princípio viver em harmonia com a preservação dos limitados recursos ecológico do planeta, em outras palavras, viver sem destruir o ambiente para que se garanta as gerações futuras. Para que também tenham chance de existir e ter boa qualidade de vida, de acordo com suas necessidades.

Para que tudo isso aconteça, devermos construir uma harmonia entre os humanos e a terra. Uns respeitando os outros seres vivos, e todos respeitando a própria terra e sua condição de se regenerar.

Paradigma  

Se pergunta: porque ainda temos poucas pessoas a discutir um modelo político e econômico que não atende a geração atual e coloca em risco a geração futura?

Dá-se o nome de paradigma um modelo padrão a seguir, ou seja, algo que vai servir de modelo a ser seguido em determinadas situações, em outras palavras, um conjunto de suposições e idéias de indivíduos e ou de uma dada sociedade. Pode-se dizer que trata de uma visão de mundo.

Ainda somos dominados por mitos e os novos deuses que determinam o que é bom para os indivíduos, como se fosse em “arca Noé”, onde só alguns se salvam. Pessoas que acreditam na ciência e tecnologia como a única solução com superpoderes e que dá conta de todos os problemas.

É um mundo dominado por mentalidade reducionista dos problemas ecológicos atuais que tem levado a exclusão de milhões de humanos.

Torna-se necessário uma mudança de pensamento, para que mude a pratica, com relação ao nosso planeta, não podemos fingir que não percebemos. Para isso devemos passar por uma profunda mudança cultural: romper com mentalidade individualista, que domina há centenas de anos, para adotar uma nova forma de agir.

Atualmente o paradigma ficou e fica ainda tão impregnado nas pessoas que parece ser lei, ou seja, é tomada como verdade absoluta. Nos tempos atuais, a visão predominante entre os povos e os próprios governantes é que para combater a pobreza basta um crescimento econômico e que com isso obteremos a felicidade de todos.

Infelizmente vários líderes bem-intencionados, que defendem um meio ambiente ecologicamente equilibrado e defensor de uma política de bem-estar social, participa desta visão equivocada. Vivemos em um mundo de economia globalizada que concentra poder nas corporações empresariais e que passa para opinião pública é a ideia de empresas (megaempresas), que sobrepõem o estado, dando a idéia de um estado, de menor importância.

Valores como a biodiversidade e proteção ecológica são submetidos apenas ao valor econômico. Não é correto colocar o tema sustentabilidade ambiental como um negócio, apenas um mecanismo de lucros. A sustentabilidade ambiental deve ser vista dentro de outro paradigma, como um valor em si mesmo, até mesmo como precondição de uma organização econômica e estratégica das empresas.

Até porque, as práticas empresariais, sociais e políticas, devem ser vistas dentro de um novo paradigma como um desenvolvimento verdadeiramente sustentável. Devem ter um olhar que a vai além dos indivíduos, que chamamos de uma visão sistêmica, devem ser interligadas as coisas criadas com os recursos naturais. Deve-se ter um olhar que respeita a forma de pensar, diferente do modelo de globalização padronizado, um olhar prioritariamente para todos os humanos, com todo o sistema de vida, isso sim é sustentabilidade ambiental.

Para concluir, uma economia ecologicamente sustentável, significa todos os produtos que uma empresa produz, devem ser aproveitados por completo, os resíduos devem servir de matéria prima para outras atividades. Essa forma de organização e desenvolvimento levaria a uma maior economia de matéria prima e mais sustentabilidade para o planeta. Infelizmente as empresas e muitas pessoas adotam ainda uma prática no seu dia a dia que não condiz com esta pratica (política). As pessoas (ou partes delas), confunde um bem está humano com outros valores, os humanos ainda levam uma estúpida disputa de quem consome mais.  Estamos percebendo tarde de que estamos em uma crise que ultrapassa a barreira de nações, nas palavras do Leonardo Boff “é uma crise civilizacional”.

 

Deixe um comentário

Com tecnologia WordPress.com.

Acima ↑

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora