Coluna do Pedro João: Por uma cidade Ecologicamente Equilibrada

Com o crescimento das cidades em pouco tempo, fruto de um modelo de desenvolvimento, (modelo de concentração de riqueza e de terra), as cidades foram rapidamente transformadas em verdadeiras metrópoles. São Paulo, por exemplo, em um curto espaço de tempo, e de forma desorganizada se transformou em uma megacidade.

Esta forma de desenvolvimento agravou ainda mais os problemas socioambientais, os mesmos se tornaram mais evidentes na sociedade moderna. São Paulo é uma cidade que na década de noventa passou por um processo de desindustrialização, onde ouve perca de emprego, agravando os problemas de miserabilidade.

Com a globalização econômica o pequeno comercia, por exemplo, estão dando lugar as redes de loja, normalmente transnacionais. Os pequenos e tradicionais comercio locais, são obrigados a fechar as portas, ou irem para informalidade, levando suas experiências de empreendedores, oficio que muitas vezes apreenderam com os pais e avós.

Outro grande problema das cidades, na sociedade moderna é a crescente produção de resíduos. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, por exemplo, a cidade “produz” em apenas um só dia, cerca de 20 mil toneladas de resíduos, sendo que só de resíduo domiciliar são 12 mil, ou seja, uma produção de lixos perca pita superior a um quilo por dia.

Bom lembrar, que a Prefeitura de São Paulo, em seu Plano de Metas de 2014, se comprometeu a reciclar 10% dos resíduos em 8 anos. Hoje em 2019, apenas 3% deste resíduo é reciclado ou reutilizado. Segundo dados da Eurostat, a reciclagem de lixo na Alemanha alcança 63% do seu lixo total, sendo 46% por reciclagem e 17% por compostagem, por exemplo.

Sabemos que o modelo de gestão de resíduo sólido e líquido das cidades está muito além do necessário. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, mostram que menos de 50% dos esgotos são tratados e apenas com uma observação atenta, já se percebe o quanto é deficiente a gestão da cidade no que tem de fundamental, na área socioambiental.

Como já se sabe, solução do problema do resíduo passa obrigatório por a diminuição do volume, através do reuso e da reciclagem, em São Paulo este trabalho permanece estacionado.  

Bom lembrar que nos contratos das empresas responsáveis pela coleta e destinação do resíduo da cidade, não tem nem uma obrigatoriedade contratual que se refere à diminuição da produção de resíduo, através investimento na reciclagem ou reaproveitamento.

O poder público não tem feito nada para diminuir o uso de descartáveis, por sua vez ainda incentivando o consumo de certos produtos que se torna absoleto em um curto espaço de tempo. Percebe-se que embora vivemos em um país em recessão a produção de resíduos per capita está em constante crescimento na cidade.

O modelo de desenvolvimento econômico atual do país e do mundo incentiva o descarte. Entendemos que pode vir a ser de interesse de alguns setores econômicos e político, transformar a cidade em grande canteiro de lixos. O mesmo modelo está levando a milhares de pessoas a vagar pelas as ruas em estado de pobreza extrema, já que perdeu o pouco que tinha, até mesmo a dignidade humana.

Bom lembrar as sabias palavras do Papa Francisco: “Tendo em conta que  o ser humano também é uma criatura deste mundo, que tem direito a viver e ser feliz e, além disso, possui uma dignidade especial, não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas”. (Papa Francisco – 2015). 

Olhando a realidade atual temos a certeza, que a cidade deve ser orientada dentro de outro paradigma, ou seja, considerar a necessidade de conjugar o ambiente natural com o ambiente criado, retornando um único ecossistema mais sustentável que respeite os elementos locais no espaço e no tempo. As cidades devem estar sempre voltadas para a coletividade, não apenas para os indivíduos, sempre com o devido respeito a comunidade biótica, as paisagem física, os rios, montanhas, vales, fauna e flora, bem como   ser administrada para os cidadãos.

As formas de convivência devem ir além apenas de solidariedade cívica formal, pois o ambiente natural, a qualidade de vida é indispensável para a  sociedade.

Torna-se de grande importância e urgência que mudemos a forma de gestão da cidade. Já que esta forma de gestão não está dando cento, isso porque, na  cidade São Paulo está crescendo a  quantidade de pessoas que vivem em situação de ruas, sem casas, temos ainda menores  sem escola,   poluição do ar, poluição das águas,  lixos jogado pelas as ruas, falta de áreas verdes, incêndios no que resta dos  fragmentos de florestas, moradias inadequada e outras tantas mazelas.

É visível a urgência de mudança, não apenas das pessoas, mais de forma especial de paradigmas. Não podemos admitir duas cidades: uma do economicamente mais abastado e outra dos mais pobres. As cidades devem ser administradsa para todas as pessoas, respeitando o direito a vida com qualidade, um meio ambiente ecologicamente equilibrado, que alias, são direitos constitucional.

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